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Quando o dress code flexível se torna um problema para o funcionário

Estamos vivendo tempos onde a autenticidade é valorizada (que ótimo!) e isso se traduz em um enorme movimento de flexibilização de dress code corporativo. Empresas super formais estão abolindo gravatas e saltos para que seus funcionários possam se vestir com mais liberdade, se sentindo mais confortáveis no ambiente de trabalho.

Enquanto este movimento se fortalece, o número de pessoas que busca serviços de consultoria de estilo porque não sabem mais como se vestir para o trabalho aumenta. As calças, blazers, camisas sociais e scarpins já não são mais a única opção, é preciso ter personalidade e ao mesmo tempo transmitir credibilidade. Sem contar que não tem como comprar várias roupas novas, as antigas “roupas de trabalho” devem ser ressignificadas e as pessoas não fazem a menor ideia de como isso é possível! Nesse momento, o que a empresa trouxe como um benefício, algo para facilitar a vida de todos, se torna um problema.

A gente tende a criar um uniforme de trabalho, algo dentro de um padrão, uma zona de conforto que nos permite acordar de manhã e não ter que pensar em combinações, em imagem pessoal, em cores, em formas... mil itens que compõe o nosso visual e a mensagem que transmitimos para o mundo.

Para muitos, o processo de vestir é tão complexo que paralisa! Já recebi muitos clientes que deixavam de ir à eventos, ou até mesmo de sair de casa, porque não conseguiam decidir que roupa usar. Trazer esta realidade para o ambiente de trabalho, onde esta pessoa não pode simplesmente deixar de ir, fará com que todos os dias comecem com uma fonte de stress, sua autoestima pode ficar abalada e até a sua produtividade!

Mudar a forma de vestir provoca mudanças comportamentais, nunca é só sobre uma camisa social ou uma calça de alfaiataria! É sobre liberdade, sobre autenticidade, sobre expressão pessoal, sobre empatia, sobre julgamento e sobre aceitação!

Mudar o dress code não pode ser uma mudança banal, é cultural e deve ser tratada com cuidado! Inclusive não deve ser uma ação isolada, mas sim parte de um todo. Ao liberar o dress code estamos dizendo ao funcionário que ele é livre para se expressar... e isso não pode ser só no vestir!

Se a sua empresa está num movimento de acolhimento de diversidade, diminuição de hierarquia, de incentivo às opiniões de todos, independente do cargo... flexibilização do dress code pode trazer um impacto muito positivo no clima e nas entregas! É importante que seja combinado com assessoria de estilo, por meio de palestras e vivências, para que o funcionário realmente enxergue como algo positivo.

Mas, se você está apenas se sentindo pressionado pelo mercado e enviou um e-mail para todos informando que a partir da próxima segunda os homens não precisam mais usar terno e as mulheres poderão entrar sem blazer e com sandálias, é melhor rever a ação. Você corre um grande risco de deixar seus funcionários desconfortáveis e causar mal-estar entre os que resistem ao novo dress code (muito provavelmente por não saberem mais como se vestir para o trabalho) e os que esperavam ansiosamente por esse momento.



Rafaela Garcia

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